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Surge a terceira força na Alesc!

Aos olhos do público, o quadro atual para a presidência da Assembleia Legislativo aponta dois candidatos aparentemente mais fortes. Valdir Cobalchini, o mais votado do MDB, partido que também fez a maior bancada na Casa. O Manda Brasa terá nove cadeiras no Parlamento estadual a partir do ano que vem. A segunda maior bancada será a do PSL, com seis eleitos. Como se trata do partido do governador, não pode nem pensar em comandar o Parlamento.

Além de Cobalchini, o outro nome natural é o de Júlio Garcia, do PSD. Fez a terceira maior votação do Estado, já foi presidente da Alesc por quatro anos e é exímio articulador.  Esses são os dois que despontam, Cobalchini e Garcia.

Nos bastidores, contudo, começa a ganhar corpo uma terceira força. Os deputados Milton Hóbus (foto de capa), do PSD de Garcia, e Mauro de Nadal, do MDB de Cobalchini, sentaram para conversar nesta terça-feira, 20. Por iniciativa de Hóbus. Nadal teria gostado do que ouviu.

Mauro de Nadal – fotos>Ag. Alesc, arquivo, divulgação

Muitas contas estão sendo feitas. No PSD, Júlio Garcia tem o voto dele e o de Ismael dos Santos. Dois, portanto. No MDB, Valdir Cobalchini, contando com o próprio voto, tem quatro.

Nadal, a seu turno, tem os outros cinco. Significa que os dois nomes aparentemente mais fortes não têm a maioria nas suas próprias bancadas. E se houver disputa interna, os indicados seriam Milton Hóbus e Mauro de Nadal. Júlio Garcia e Valdir Cobalchini têm que ser candidatos por fora, o que acaba gerando uma fragilidade.

A fórmula que Hóbus apresentou a Nadal e tem argumentado com outros partidos é acertar o baralho agora para os próximos quatro anos. Um ano para ele, Hóbus, outro para o emedebista, um ano para o PT, que terá quatro deputados, e o outro ano para uma pequena bancada.

Mas este bolo que Milton Hóbus está confeitando tem uma cereja. O compromisso de uma gestão menos presidencialista, mais compartilhada. A ideia é fazer uma reunião mensal com os 40 deputados para as definições dos principais encaminhamentos da Casa.

Mas o creme da cereja do bolo é a economia, o corte de custos – sem que os deputados fiquem prejudicados para exercerem seus mandatos. Sobrando mais recursos, projeta Hóbus, a Alesc devolverá mais ao Executivo no fim de cada ano. Mas pelas mãos dos 40 parlamentares e não apenas de um ou alguns que comporão a Mesa.

Devolução de mais dinheiro que estará vinculada ao pagamento das emendas impositivas dos deputados, que são do interesse direto de cada um deles em suas bases. Seria para pagar as emendas de 2018, que o governador Eduardo Moreira avisou que não vai pagar, e também as dos demais anos, ao natural. Essa formulação proposta por Milton Hóbus começa a ganhar força no Parlamento Estadual. Nesta toada, poderia surpreender as duas candidaturas mais consolidadas. A conferir!